terça-feira, 31 de janeiro de 2012

TEMPO PERDIDO

“Contei meus anos e descobri

Que terei menos tempo para viver do que já tive até agora....

Tenho muito mais passado do que futuro...

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de jabuticabas...

As primeiras, ele chupou displicentemente..............

Mas, percebendo que faltam poucas, rói o caroço...

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades...

Inquieto-me com os invejosos tentando destruir quem eles admiram.

Cobiçando seus lugares, talento e sorte.....

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas

As pessoas não debatem conteúdo, apenas rótulos...

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos...

Quero a essência.... Minha alma tem pressa....

Sem muitas jabuticabas na bacia

Quero viver ao lado de gente humana...muito humana...

Que não foge de sua mortalidade.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade....

Rubem Alves

RITA LEE CANTA DESCULPE O AUÊ

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

SE A VIDA FOSSE PERFEITA

Se a vida fosse perfeita

ninguém haveria de chorar

sem dor, sem mágoa sem pranto

o dia todo para amar

a terra multicolorida

o tempo inteiro pra beijar

Ninguém passaria fome

alegria não teria fim

com escola para todos

jamais algum emprego ruim

nenhuma razão para sofrer

que tal um mundo belo assim?

24 horas eu sorriria

a todos distribuindo flores

cumprimentando na ternura

plantando e colhendo amores

chamando todos pra dançar

num mundo longe dos horrores

Mendigo ninguém seria

teríamos muita fartura

não seria necessário

nem prefeito nem prefeitura

político não existiria

nem Congresso nem ditadura

Sei que isso é quimera

mas não custa nada sonhar

pois somos inteligentes

para qualquer coisa mudar

e para ter um mundo assim

basta apenas começar

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

ORAÇÃO AO FARMACÊUTICO



Bendito seja tu!...que em horas mortas,
Para servir um lar que a dor invade,
Vais abrir tua porta com bondade
Quando o sono fechou todas as portas !

Bendito seja tu!...Que mal suportas,
Dos venenos a cruel letalidade
E os transforma, para o bem da humanidade,
Nos bálsamos que arranca das retortas !

Quando o mundo chegar a novas eras,
Quando os homens, em vez de serem feras,
Se unirem pela força dos ideais
Erguer-se-ão monumentos de granito
Em cujos pedestais se tenha escrito:
"Farmacêutico" só ! Para quê mais ?


Poema enviado por: Michelle Vilas Boas Mualem
Acadêmica de Farmácia - São Luis/MA
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