Foto distribuída pela Associated Press nesta segunda-feira (21) mostra o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, supostamente nas dependências da Embaixada do Brasil em Honduras, em Tegucigalpa. (Foto: AP)
TEGUCIGALPA, HONDURAS - O Governo de Honduras suspendeu os acordos de supressão de vistos que mantém com o Brasil, em reciprocidade a uma medida similar adotada ontem pelo país porque não reconhece o regime de fato instalado após a deposição de Manuel Zelaya, informou a Chancelaria.
O Ministério de Relações Exteriores hondurenho disse em comunicado que, "em aplicação do princípio da estrita reciprocidade, decidiu suspender os acordos sobre isenção de vistos em passaportes correntes, diplomáticos, oficiais ou de serviço com a República Federativa do Brasil".
Portanto, "todo portador de passaporte brasileiro requereria, a partir de hoje, um visto para ingressar em Honduras", assinalou.
O candidato presidencial do partido que encabeça o governo interino de Honduras, Elvin Santos, denunciou hoje o líder deposto, Manuel Zelaya, por ameaçá-lo de morte. "Faço responsável por minha vida o senhor Zelaya, que nos ameaçou (de morte).", afirmou em entrevista à rádio HRN. Ainda segundo Santos, Zelaya pôs Honduras à beira de uma guerra civil, ao tentar retornar ao poder. "É necessário falar a verdade: Zelaya divide e polariza a sociedade e, ao falar com um duplo discurso, engana o povo", afirmou Santos. "Honduras não pode estar à beira de uma guerra civil. A comunidade internacional precisa entender isso."