quinta-feira, 8 de outubro de 2009

FUNDO DO POÇO GOVERNO LULA ATRASA DEVOLUÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA




VIA FOLHA ONLINE

O governo federal começou a atrasar o pagamento das restituições do Imposto de Renda das pessoas físicas, em sua grande maioria trabalhadores da classe média, para compensar parte da queda de arrecadação de tributos neste ano. A ordem foi dada à Receita Federal pelo Ministério da Fazenda.
De aproximadamente R$ 15 bilhões que seriam inicialmente devolvidos até dezembro, cerca de R$ 3 bilhões só deverão ser liberados no primeiro trimestre do ano que vem.
Segundo a Folha apurou, a decisão foi informada à cúpula do fisco, no final de maio, pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, depois de um pedido do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.
A Folha conversou por telefone com Augustin na manhã de ontem, mas, ao ser informado do assunto, ele pediu para que a assessoria da Fazenda fosse acionada. Apesar dos reiterados pedidos de esclarecimento feitos pela reportagem, o ministério não ligou de volta até o fechamento desta edição.
O artifício de retardar as devoluções do IR foi posto em prática rapidamente. De junho a outubro houve um recuo de 21,7% nas restituições em comparação com igual período do ano passado -de R$ 7 bilhões para R$ 5,48 bilhões. As maiores reduções foram em agosto e setembro, quando os valores devolvidos aos contribuintes foram diminuídos a menos da metade dos números de 2008.
Ontem foi liberado mais um lote de restituição, com redução de 20% em relação ao mesmo mês do ano passado.
A devolução do IR se dá quando o contribuinte paga mais imposto do que devia, gerando um saldo a ser recebido do governo. As restituições são feitas de junho a dezembro, com as devoluções referentes às declarações retidas em malha fina podendo ser estendidas para os anos subsequentes.
Esta é a segunda medida adotada pela Receita neste ano relacionada à restituição do IR. Conforme a Folha publicou anteontem, também para elevar a arrecadação, o fisco apertou o cerco contra fraudes praticadas pela classe média.

Contas não fecham
Depois de quatro meses seguidos de queda na arrecadação de impostos, provocada principalmente pela crise global, o Tesouro percebeu que as contas do governo não fechariam neste ano se nada fosse feito.
Em maio, o presidente Lula assinou um decreto de revisão de arrecadação (excluindo-se receitas previdenciárias) com R$ 49 bilhões a menos do que a estimativa enviada ao Congresso no ano passado -de R$ 522 bilhões para R$ 473 bilhões.
Em junho, diante dos valores efetivamente cobrados pelo fisco até então, a projeção da arrecadação feita pela Receita para o ano ficou ainda menor -de R$ 465,78 bilhões.
Segundo documento interno do fisco obtido pela Folha, em julho os auditores foram obrigados a fazer um novo cálculo do recolhimento de tributos para 2009, jogando mais para baixo ainda a previsão: R$ 446,7 bilhões.
Naquele mesmo mês, o Tesouro solicitou à Receita uma arrecadação com R$ 19 bilhões a mais do que a estimativa então feita pelo órgão. Sem esse dinheiro, pela análise do Tesouro, as contas do governo não fechariam.
Do contrário, a saída seria ou promover um bloqueio de despesas autorizados no Orçamento ou reduzir ainda mais o superavit primário (economia de receitas para pagamento da dívida pública).
A queda na arrecadação com o Imposto de Renda foi uma das mais acentuadas. E, dentro desse item, o IR retido na fonte foi um dos mais afetados.
Enquanto a Receita calculou obter ao longo do ano R$ 82,9 bilhões com o IR na fonte, o Tesouro solicitou ao fisco R$ 87,5 bilhões nessa rubrica -uma diferença de R$ 4,6 bilhões.
Diante de todos esses números, a Fazenda viu a necessidade de retardar ainda mais a liberação das devoluções do IR.
Segundo a Folha apurou, a Receita incumbiu o subsecretário de Arrecadação, Michiaki Hashimura, de fazer a reformulação do cronograma das restituições. Foi quando se chegou ao valor aproximado de R$ 12 bilhões para este ano, deixando R$ 3 bilhões para serem devolvidos só em R$ 2010.

SERÁ LINA VIEIRA A CULPADA ? ESSE PAÍS ESTA QUEBRADO DEPOIS DAS PREFEITURAS CHEGOU A VEZ DA ESFERA FEDERAL NESSE GOVERNO QUE FAZ DE CONTA QUE FAZ

LUNANA


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

TODA VERDADE DA RELAÇÃO LULA - UNE E O SILÊNCIO NO CASO ENEM


Lula morre de medo de ir ao Maracanã e receber vaias estrondosas dos cariocas, mas não tem medo da UNE, uma entidade outrora temida, porque protestava. Este ano, em julho, Lula compareceu ao congresso da UNE. Foi a primeira vez que um presidente se atreveu a essa façanha nos 71 anos de existência da entidade.
A última vez que a UNE fez um protesto relevante foi contra Fernando Collor - eram os caras-pintadas. Pois agora, Lula abraça Collor e, mesmo assim, continua recebendo apoio incondicional da UNE e de seus novos parceiros, a CUT e o MST. O segredo de tamanho carisma é a chave do cofre. Lula comprou os movimentos sociais: estudantes, sindicatos, sem-terra, todos aquinhoados com fartas verbas federais. 

Os 6 mil estudantes que vieram à Brasília precisavam de hospedagem. Lula deu um telefonema para o MEC, que telefonou para o governador do DF, que repassou o pepino para seu Secretário de Educação. Este não hesitou em ceder escolas públicas para serem utilizadas como hotel, mesmo sabendo o que ia acontecer com o patrimônio público.

Terminado o congresso, a manchete do Correio Braziliense de ontem resume tudo:

“MAU EXEMPLO - Graduados em baderna

Universitários de todo o país deixam rastro de sujeira e falta de educação nas escolas públicas onde se hospedaram para o Congresso da UNE” (veja aqui a matéria na íntegra)

Tomaram banho pelados na horta das crianças, que também foi contaminada por necessidades fisiológicas. Deixaram um rastro de destruição e lixo, composto por garrafas de bebidas e camisinhas. Chamaram a polícia por conta do consumo de drogas, mas a UNE tem um pistolão poderoso.

Uma diretora da UNE justificou: “Somos todos jovens”. Ou seja, ela acha a coisa mais natural do mundo associar baderna com juventude. Note-se que vieram para Brasília os delegados eleitos pelos estudantes para votarem o novo presidente da UNE. Portanto, pode-se dizer que entre os baderneiros estavam os legítimos representantes da categoria.

Por sorte, as crianças estavam de férias. Até voltarem, terá sido feita a limpeza do mau exemplo. Porém, alguém terá de explicar a elas o que aconteceu com as hortas.

A UNE já recebeu 10 milhões do governo Lula. O que quer sua nova Presidente ?  seguir  os passos daquele palhaço ex cara pintada do fora collor  lindeberg  farias, hoje petista de carterinha e prefeito de  nova iguaçu, que  quer ser candidato ao governo do Rio, cara pintada que nada, um legitimo cara de pau isso sim, Segundo noticiado pela Folha de São Paulo: “A UNE negocia com a Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa, adiantamento para começar a reforma da sede, orçada em R$ 30 milhões, enquanto o Congresso não aprova projeto do governo que destina recursos para a obra.” 

Pra que a UNE precisa de uma sede de 30 milhões nos tempos da internet ? Porém, este que foi eleito, presidirá a entidade durante o ano eleitoral. Lula não quer protestos. Nos tempos bíblicos, o preço da traição aos ideais foi de 30 moedas. Não duvido que esta obra acabe incluída entre as prioritárias do PAC.

LEIA ESSE COMENTÁRIO NO ORKUT http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=19699594&tid=5389932855726256686 

EXCLUÍDOS DA FESTA


PAULO SKAF AGORA É SOCIALISTA KKKKKKKKKKKKKKKK


Representantes do movimento sindical filiados ao PSB entraram com recursos contra a entrada do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, no partido. O empresário, que assinou no dia 30 sua filiação à sigla, é cotado para disputar a sucessão ao governo paulista na eleição de 2010. Nos recursos levados aos diretórios municipal e estadual do PSB, em São Paulo, integrantes do PSB de Campinas alegaram que Skaf é um dos principais líderes patronais do País, que tem se pronunciado contra iniciativas de trabalhadores e que a Fiesp é a patrocinadora do projeto que levou os "neoliberais" ao poder.

Quando tinha domicílio em TATUI-SP conheci esse senhor fino em uma palestra sobre o socialismo empresarial realmente foi uma filiação coerente.

O PIRATA LULA COM MEDO DE PERDER SEUS TESOUROS


Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje a licitação brasileira para compra de 36 caças para a FAB (Força Aérea Brasileira). Participam da licitação caças americanos (F-18, da Boeing), franceses (Rafale, da Dassault) e suecos (Gripen, da Saab).
Lula disse que o país precisa de caças para proteger riquezas como a Amazônia e o pré-sal dos piratas. “Está cheio de piratas. Hoje eu vi, aí, na televisão, piratas sequestrando navio aí, pelo lado da Somália, daqui a pouco aparece um pirata para pegar o nosso pré-sal. Então, nós temos que nos cuidar”, disse ele em Estocolmo.
“Nós temos que tomar conta do nosso pré-sal, nós temos que tomar conta da nossa Amazônia, nós temos 15 mil quilômetros de fronteiras secas e 8 mil quilômetros de costa marítima”, afirmou ele.
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assistiu mesmo a uma cópia pirata do filme Dois Filhos de Francisco durante viagem presidencial no dia 18 de outubro 2005. A assessoria de imprensa da presidência admitiu ao Terra, na noite desta quarta-feira (9), que “a cópia exibida no trajeto presidencial do dia 18 de outubro era não oficial”, conforme publicaram os principais jornais de São Paulo.
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa do Planalto, ocorreu uma falha da ajudância de ordens, departamento que cuida de pequenos detalhes do gabinete do presidente. “A ajudância de ordens já foi devidamente advertida”, segundo a assessoria. O DVD do filme Dois Filhos de Francisco chega às lojas somente em 7 de dezembro de 2005.
ele admitiu também a diversos portais de conteúdo que já efetuou download de músicas pela internet para presentear o governador da Bahia, Jacques Wagner, do Partido dos Trabalhadores.
Lula pirata ? Tudo certo então, mas só com o tapa-olho para explicar facilmente todas as coisas que ele cisma em não ver…

terça-feira, 6 de outubro de 2009

MILITANTES DO MST - MARVADA PINGA -

O RAIO-X DO MOVIMENTO A SERVIÇO DO TERROR MST



Assertivos do ponto de vista ideológico, os líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra são evasivos quando perguntados de onde vêm os recursos que sustentam as invasões de fazendas e manifestações que o MST promove em todo o Brasil. Em geral, respondem que o dinheiro é proveniente de doações de simpatizantes, da colaboração voluntária dos camponeses e da ajuda de organismos humanitários. Mentira. O cofre da organização começa a ser aberto e, dentro dele, já foram encontradas as primeiras provas concretas daquilo de que sempre se desconfiou e que sempre foi negado: o MST é movido por dinheiro, muito dinheiro, captado basicamente nos cofres públicos e junto a entidades internacionais. Em outras palavras, ao ocupar um ministério, invadir uma fazenda, patrocinar um confronto com a polícia, o MST o faz com dinheiro de impostos pagos pelos brasileiros e com o auxílio de estrangeiros que não deveriam imiscuir-se em assuntos do país.
VEJA teve acesso às informações bancárias de quatro organizações não governamentais (ONGs) apontadas como as principais caixas-fortes do MST. A análise dos dados financeiros da Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca), da Confederação das Coo-perativas de Reforma Agrária do Brasil (Concrab), do Centro de Formação e Pesquisas Contestado (Cepatec) e do Instituto Técnico de Estudos Agrários e Cooperativismo (Itac) revela que o MST montou, controla e tem a seu dispor uma gigantesca e intrincada rede de abastecimento e distribuição de recursos, públicos e privados, que transitam por dezenas de ONGs espalhadas pelo Brasil:
• As quatro entidades-cofre receberam 20 milhões de reais em doações do exterior entre 2003 e 2007. A contabilização desses recursos não foi devidamente informada à Receita Federal.
• As quatro entidades-cofre repassaram uma parte considerável do dinheiro a empresas de transporte, gráficas e editoras vinculadas a partidos políticos e ao MST. Há coincidências entre as datas de transferência do dinheiro ao Brasil e as campanhas eleitorais de 2004 e 2006.
• As quatro entidades-cofre receberam 43 milhões de reais em convênios com o governo federal de 2003 a 2007. Existe uma grande concentração de gastos às vésperas de manifestações estridentes do MST.
• As quatro entidades-cofre promovem uma recorrente interação financeira com associações e cooperativas de trabalhadores cujos dirigentes são ligados ao MST.
• As quatro entidades-cofre registram movimentações ban-cárias estranhas, com vul-tosos saques na boca do caixa, indício de tentativa de ocultar desvios de dinheiro.
Entre 2003 e 2008, segundo levantamentos oficiais, cerca de trinta entidades de trabalhadores rurais receberam do governo federal o equivalente a 145 milhões de reais. O dinheiro é repassado em forma de convênios, normalmente para cursos de treinamento. O Tribunal de Contas da União já identificou irregularidades em vários desses cursos. São desvios como cadastros de pessoas que não participaram de aula alguma e despesas que não existiram justificadas com notas frias. A Anca, por exemplo, teve os bens bloqueados pela Justiça após a constatação de que uma parte dos recursos de um convênio milionário assinado com o Ministério da Educação, para alfabetizar jovens, foi parar nos cofres do MST. Teoricamente, a Anca, a Concrab, o Cepatec e o Itac são organizações independentes, sem nenhum vínculo oficial entre si ou com o MST. Mas só teoricamente. A quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico das entidades-cofre mostra que elas fazem parte de um mesmo corpo, são uma coisa só, bem organizada e estruturada para dificultar o rastreamento do dinheiro que recebem e administram sem controle legal algum.

TORNEIRA ABERTA
Milhões de reais do governo Lula serenaram durante seis anos a fúria do MST

Eis um exemplo da teia que precisa ser vencida para tentar entender como os recursos deixam o cofre da entidade e viajam por caminhos indiretos ao MST. Uma das beneficiárias de repasses da Anca é a gráfica Expressão Popular. Seus sócios são todos ligados ao MST, como Suzana Angélica Paim Figueiredo, advogada do escritório do ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, que atua em causas de interesse do MST. Suzana faz parte da banca que defende o terrorista italiano Cesare Battisti, preso no Brasil. A advogada ainda é presidente de uma segunda editora, a Brasil de Fato, que também recebe recursos da Anca, também presta serviços ao MST e tem como conselheiro ninguém menos que João Pedro Stedile, líder-mor do MST, um dos principais defensores da não extradição de Battisti. Anca, Brasil de Fato e MST, embora sem vínculos aparentes, funcionavam no mesmo conjunto de salas em São Paulo. Procurada, a advogada Suzana não quis esclarecer que tipo de serviço as gráficas prestaram à Anca. Indagadas, o máximo que as três entidades admitem é que existe uma parceria entre elas. Essa parceria, ao que tudo indica, serve inclusive para ocultar as atividades do departamento financeiro do movimento sem-terra.
Além de funcionarem nos mesmos endereços, como é o caso da Itac e da Concrab, e de dividirem os mesmos assessores e telefones, como a Anca e a gráfica, as entidades curiosamente recorrem aos mesmos contadores e advogados – eles também, ressalte-se, integrantes de cooperativas ligadas ao MST. A análise dos dados sigilosos revela que Ilton Vieira Flores, o contador da Anca, o cofre principal do MST, é um dos responsáveis pelo Cepatec, outra fonte de arrecadação de dinheiro do movimento. O contador também é diretor da Cooperbio – um excelente exemplo, aliás, de como as ONGs ligadas ao MST se entranharam no governo. A cooperativa, que tem como função intermediar recursos para associações de trabalhadores rurais que se dedicam à fabricação de matéria-prima para a produção de biocombustíveis, assinou convênios milionários com a Petrobras. O presidente da Cooperbio, Romário Rossetto, é primo do presidente da Petrobras Biocombustível, o petista Miguel Rossetto, ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, uma das principais fontes de recursos da Anca, do Cepatec, da Concrab e do Itac. 

TORNEIRA FECHADA
O ministro Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário (no alto, à esq.), cortou verbas para convênios. Resultado: o MST, comandado por Marina dos Santos, ameaça retaliar

Há muito que desvendar a respeito do verdadeiro uso pelo MST do dinheiro público e das verbas provenientes do exterior. A Anca, por exemplo, é investigada desde 2005 por suas ligações com o movimento. A quebra do sigilo mostra que funcionários da entidade realizaram saques milionários em dinheiro em datas que coincidem com manifestações promovidas pelo MST e também com períodos eleitorais. Outra coincidência: tabulando os gastos das entidades, resta evidente que parte expressiva dos recursos é destinada a pessoas físicas ou jurídicas vinculadas ao MST. Há também transferências bancárias suspeitíssimas. Em agosto de 2007, 153 000 reais do Cepatec foram parar na conta de Márcia Carvalho Sales, uma vendedora de cosméticos residente na periferia de Brasília. "Não sei do que se trata, não sei o que é Cepatec e não movimento a conta no banco há mais de três anos", diz a comerciária. O Cepatec também não quis se pronunciar.
Para fugir a responsabilidades legais, o MST, embora seja onipresente, não existe juridicamente. Não tem cadastro na Receita Federal, e, portanto, não pode receber verbas oficiais. "Por isso, eles usam essas entidades como fachada", diz o senador Alvaro Dias, do PSDB do Paraná, que presidiu a CPI da Terra há quatro anos e, apesar de quebrar o sigilo das ONGs suspeitas, nunca conseguiu ter acesso aos dados bancários. Aliados históricos do PT, os sem-terra encontraram no governo Lula uma fonte inesgotável de recursos para subsidiar suas atividades. Uma parcela grande dos convênios com as entidades ligadas ao MST destina-se, no papel, à qualificação de mão de obra. Mas é quase impossível averiguar se esse é mesmo o fim da dinheirama. "Hoje o MST só sobrevive para parasitar o estado e conseguir meios para se sustentar", diz o historiador Marco Antonio Villa.
O MST sempre utilizou o enfrentamento como peça de marketing do movimento. No governo passado, os sem-terra chegaram a organizar uma marcha que reuniu 100 000 pessoas em um protesto em Brasília, além de invadirem a fazenda do presidente da República com direito a transmissão televisiva. No governo Lula, a relação começou tensa, mas foi se acalmando à medida que aumentavam os repasses de dinheiro e pessoas ligadas ao movimento eram nomeadas para chefiar os escritórios regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O MST passou, então, a concentrar os ataques à iniciativa privada, especialmente ao agronegócio. Os escritórios do Incra se tornaram suporte para ações contra produtores rurais, muitos deles personagens influentes na base aliada do governo. Além disso, os assentamentos contribuíram para aumentar a taxa de desmatamento e as ONGs ligadas à reforma agrária se tornaram um ralo pelo qual o dinheiro público é desviado. Esse estado de coisas levou à instalação de uma CPI no Senado e, ato contínuo, a um recuo do Planalto nos afagos aos sem-terra. A pretexto da crise econômica mundial, o governo cortou mais de 40% da verba prevista para os programas de reforma agrária. Cedendo à pressão de ruralistas, tirou das mãos do MST o comando de escritórios estratégicos do Incra, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pernambuco, e colocou no lugar pessoas indicadas por ruralistas. Por fim, o golpe mais dolorido: fechou a milionária torneira dos convênios.
As ONGs ligadas ao MST chegaram a receber quase 40 milhões de reais em um único ano. No início do governo Lula, em 2003, esses repasses não alcançavam 15 milhões de reais. No ano seguinte, cresceram substancialmente, ultrapassando os 23 milhões de reais. Em 2005, o valor aumentou novamente, atingindo 38 milhões de reais. No segundo mandato, as denúncias de irregularidades envolvendo entidades ligadas aos sem-terra ganharam força. E o dinheiro federal para elas foi minguando. Em 2007, ano de abertura da CPI, os repasses às ONGs ficaram em 28 milhões de reais. No ano passado, as entidades receberam 13 milhões. E, nos oito primeiros meses deste ano, os cofres das ONGs do MST acolheram menos de 7 milhões de reais em convênios com o governo federal. Como reação, a trégua com o governo também minguou. No início de agosto, 3 000 militantes invadiram a sede do Ministério da Fazenda. A ação em Brasília foi comandada pela nova coordenadora nacional do MST, Marina dos Santos, vinculada a setores mais radicais do movimento. No protesto, o MST exigiu o assentamento imediato de famílias que estão acampadas. Nos bastidores, negocia a retomada dos repasses para as ONGs e a recuperação do comando das unidades do Incra. Em conversas reservadas, existem até ameaças de criar problemas para a candidatura presidencial da ministra Dilma Rousseff. O governo Lula agora experimenta o gosto da chantagem de uma organização bandida que cresceu sob seus auspícios. 

Com reportagem de Otávio Cabral
Fonte: Revista Veja

SITE DA EMPRESA INVADIDA PELO MST http://www.cutrale.com.br/cutraleHome/


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...