Vai, ano velho, vai de vez
Vai com tuas mentiras, falsidades, decepções e
falcatruas,
sem deixar mais dúvidas, vai, dobra a esquina da nossa
rua,
e no trinta e um, à meia-noite sepulta todas as culpas
que lembro,
que me castigou nesses descalabros de janeiro a janeiro.
Vai, leva tudo:
destroços,
mazelas, ossos, e dentes,
fotos dos prefeitos e ex-presidentes,
beijos de
atrizes, enchentes, secas,
suspiros,
jornais e fofocas,
Vade Retrum, pra trás! leva pra escuridão
quem me assaltou o carro, a casa e o coração,
Não quero te ver mais,
nas fotos do nunca-mais.
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