quarta-feira, 10 de março de 2010

NORDESTE URGENTE II LULA ANO DE SECA

Este ano, os penitentes tem mais um motivo para o seu ritual. Pedir a Deus que mande chuva para salvar a pobreza de uma calamidade provocada por uma eventual seca. A penitência, segundo o decurião Cícero Ventura da Silva, tem com objetivo aplacar a ira divina e aliviar as misérias do povo. O decurião lembra uma música de São José que diz: "Meu divino São José, pela cruz que tem na mão, nem de fome, nem de sede, não mate seus filhos, não". Porteiras e Brejo Santo fazem parte de uma das regiões do Cariri mais assoladas pela seca. O milho e o feijão plantados em janeiro estão morrendo por falta de chuvas. A lamentação é geral entre os agricultores.

terça-feira, 9 de março de 2010

LULA SEGUE CONSELHOS DE FIDEL E CHAVEZ E JOGA AS RELAÇÕES COM ESTADOS UNIDOS NO LIXO


EUA se dizem ‘decepcionados’ com retaliação do Brasil

Escritório do governo diz que espera chegar a acordo para evitar sobretaxa

BBC Brasil


WASHINGTON - O Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) afirmou, nesta segunda-feira, 8, que o país ficou 'decepcionado' com a decisão do governo brasileiro sobre a retaliação comercial contra os EUA. "Ficamos decepcionados ao saber que as autoridades brasileiras decidiram prosseguir com a retaliação", disse a porta-voz Nefeterius McPherson.

As declarações foram feitas após a divulgação da lista de 102 produtos americanos que deverão pagar sobretaxa para entrar no Brasil, no valor total de US$ 591 milhões. Segundo o USTR, o governo continua trabalhando na busca uma solução para a disputa e espera chegar a um acordo com o Brasil nos próximos 30 dias para evitar que seus produtos sejam alvo de retaliação comercial.

"O USTR está trabalhando para chegar a uma solução para as questões nessa disputa sem que o Brasil recorra a retaliações e nós continuamos a preferir uma solução negociada", disse McPherson.

Secretário de Comércio

Nesta terça-feira, em visita ao Brasil, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Gary Locke, deverá discutir o assunto com autoridades brasileiras. Um funcionário do Departamento de Comércio disse à BBC Brasil que Locke não deverá apresentar uma contraproposta para resolver o impasse, mas deverá aproveitar a visita ao Brasil (que já estava agendada) "para tratar de vários assuntos, incluindo a retaliação aos produtos americanos".

A agenda do secretário americano em Brasília inclui reuniões com os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e da Fazenda, Guido Mantega. Locke também vai participar de encontros com dirigentes de empresas americanas e membros do setores público e privado do Fórum de CEOs Brasil-EUA.

Indústria

A sobretaxa imposta aos produtos americanos deve entrar em vigor no prazo de 30 dias. No entanto, o Brasil já disse que "ainda está aberto" a um acordo com os Estados Unidos para evitar as retaliações. Na semana passada, em visita ao Brasil, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou que seu governo ainda tem esperança de que os dois países cheguem a um acordo antes que as medidas entrem em vigor.

Representantes da indústria americana também disseram confiar na possibilidade de um acordo para evitar a retaliação. "O fato de Clinton e o ministro Celso Amorim (de Relações Exteriores) terem concordado com o prazo de 30 dias para que as medidas entrem em vigor é um bom sinal", disse à BBC Brasil o diretor de Política de Comércio Internacional da Associação Nacional dos Manufatureiros dos Estados Unidos, Doug Goudie.

"Há boa vontade de sentar e discutir o assunto, e o fato de que os Estados Unidos estão enviando autoridades para o Brasil nesta semana é uma boa notícia", disse Goudie.

OMC

A decisão brasileira de aumentar a alíquota do Imposto de Importação para produtos americanos é uma retaliação comercial aos subsídios pagos pelos Estados Unidos a seus produtores de algodão. Em novembro de 2009, depois de uma disputa de sete anos, a Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou o Brasil a levar adiante a retaliação, num valor total de US$ 829 milhões.

O valor total atingido com a lista divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta segunda-feira é de US$ 591 milhões. Segundo o ministério, o valor restante de US$ 238 milhões será aplicado nos setores de propriedade intelectual e serviços, na chamada retaliação cruzada.

A lista de medidas adotadas na área de propriedade intelectual deve ser divulgada na próxima reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), no dia 23. Segundo Goudie, essas medidas são as que mais preocupam a Associação Nacional de Manufatureiros, que é a maior associação da indústria americana. "Retaliações na área de propriedade intelectual podem abrir um precedente e terão um impacto mais amplo", disse o diretor.

"Esperamos que as discussões entre as autoridades dos dois países nesta semana possam chegar a uma solução", afirmou.

DEPOIS DE DIZER QUE NÃO QUERIA TER RECEBIDO A MADAME, TER DADO INÍCIO A IMPLANTAÇÃO DO FASCISMO NO BRASIL COM PNDH, DAR APOIO ARGENTINA NAS MALVINAS, CAIU A MÁSCARA DO LULA UM ANTI-AMERICANO DE CARTERINHA, CHATEADO COM USA DEVIDO CASO SEAN E O APOIO A MICHELETTI, DESCULPE LEITORES AMERICANOS DO BLOG. SEM ADJETIVOS


domingo, 7 de março de 2010

PT NÃO TEM MAIS GENTE HONESTA PARA SER CANDIDATO



“Com o objetivo de eleger Dilma Rousseff em outubro, o PT vai chegar às eleições deste ano com o menor número de candidatos próprios a governador em seus 30 anos de história. No atual cenário, a legenda encabeçará chapas estaduais em no máximo 12 Estados, mais o Distrito Federal, número bem inferior ao observado em cada uma das sete eleições estaduais que o PT participou. Com isso, aumenta o protagonismo de partidos que hoje integram a base de sustentação de Lula, principalmente o PMDB, que indicará o vice de Dilma e que deve receber o apoio do PT em sete Estados.

Em seguida vem o PSB, que embora mantenha candidatura própria à Presidência (Ciro Gomes) tem até o momento o apoio do PT à reeleição de seus governadores Cid Gomes (CE) e Eduardo Campos (PE). O próprio Ciro terá o PT no palanque se disputar o governo paulista. “O nosso objetivo primeiro é eleger a Dilma”, diz Paulo Frateschi, secretário nacional de Organização, para quem a mudança é importante. “Antes, para ter coligação no PT era um sufoco danado.” O senador Aloizio Mercadante (SP) reforça: “O projeto é dar prioridade à campanha nacional”.

De fato, a política de alianças que será aprovada hoje no congresso do PT diz que os arranjos regionais devem se submeter à “centralidade da eleição da companheira Dilma”. Nas quatro primeiras eleições estaduais de que participou (1982, 1986, 1990 e 1994), o PT lançou candidaturas a governador em quase todos os Estados. Em 1994, teve suas duas primeiras vitórias –DF e ES. Quatro anos depois (1998), o PT teve o menor número de candidaturas, 16. Mas em 2002, ano em que chegou à Presidência, encabeçou chapa em 24 Estados. Na reeleição de Lula, em 2006, foram 18.

“Isso é maturidade, é evolução partidária. De que adianta ter candidato em todo lugar e não ir para o segundo turno? Queremos compor uma maioria. Lula tem ampla base de sustentação, que tem que ser representada”, afirma Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo na Câmara. O Planalto tem 14 partidos em sua base, mas nem todos apoiarão Dilma. Os tucanos também lançaram candidatos ao governo em cerca de um terço dos Estados quando ocuparam o Planalto. Nesta eleição, o PSDB deverá ter entre 17 e 19 palanques.

Depois de PMDB e PSB, outros dois partidos da base lulista aparecem como beneficiários de possíveis apoios petistas, o PDT e o PP, herdeiro da Arena (Aliança Renovadora Nacional), sigla de sustentação do regime militar (1964-1985). Mesmo com menor protagonismo, o PT enfrentará divergências entre aliados. Em Minas, o partido tenta lançar candidato próprio, mas pode ser forçado a apoiar uma candidatura do PMDB ou do PRB. No Rio, o governador Sérgio Cabral (PMDB) reclama da possibilidade de dividir o apoio governista com o adversário Anthony Garotinho (PR).”

(Folha Online)


SER MULHER

sábado, 6 de março de 2010

NO PT MEU ESQUEMA É TODA VIDA

O primeiro post foi em 24 de março de 2008, há dois anos atrás: "Cooperativa dos aloprados desvia 100 milhões", já com um vídeo do promotor Blat. De tempos em tempos, o Coturno Noturno batia no mesmo tema: “Você compraria um apartamento dele?”, abordou a figura abjeta e nojenta do presidente da Bancoop e atual tesoureiro da campanha da Dilma Rousseff. Veio o “Banco do PT volta às manchetes” e pensamos: agora vai! Não foi. Publicamos o post “ PF no Bancoop, você acredita?". Uma piada. O MP sozinho foi quem descobriu todo o esquema, pois a PF do Tarso não deu as caras. A gente sabe que a PF do PT não investiga o Rei. Até hoje não descobriu o dinheiro do Dossiê dos Aloprados, justamente porque ele veio do Bancoop. Estava na cara que um dia iria estourar e o Blog publicou: “ Bancoop, a tua hora vai chegar”. Mais adiante, fizemos uma provocação para a Assembléia de São Paulo, onde os tucanos têm grande maioria: “ Uma CPI para o Bancoop”. Finalmente, com a notícia de que o suspeito de alimentar o caixa 2 de 2002 e o caixa 2 de 2006 iria montar o caixa 2 de 2010, publicamos: “ O Novo Delúbio”. A capa da Veja desta semana é para lavar a alma. Que o PSDB saiba bater sem aliviar. Convoquem os mutuários fraudados para uma passeata na frente da sede do PT. Levem uma comitiva para frente do palácio do Lula. Perguntem para o Lula por que ele recebeu o seu apartamentão e milhares não receberam.

POST VIA COTURNO NOTURNO

MOSSORÓ DE LUTO 11 PRESENTES DO LULA

NORDESTE URGENTE LULA ANO DE SECA


O semi-árido do Nordeste, área que corresponde ao norte da região, deve sofrer com chuvas abaixo do esperado até maio. De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe), de março a maio, a chuva deve ficar bem abaixo dos 200 milímetros considerados índices anormais para o Nordeste nesta época do ano.


terça-feira, 2 de março de 2010

O STF É A HERMENÊUTICA SOCIOLÓGICA

Como escreveu Luiz Bispo, se verdadeiramente, o primeiro homem foi Adão, a primeira mulher Eva e os seus primeiros filhos Caim e Abel, muito teríamos de fazer para uma vida ordeira e pacífica. A primeira mulher, induzindo o homem inicialmente ao pecado, à mentira, ao descumprimento da ordem instituída, e o primeiro filho assassinando o irmão, cheio de inveja, foram prenúncios de uma vida associativa carente de regramentos rígidos e bem definidos. Se a verdade é outra, como nos tenta ensinar a teoria da evolução, ainda maior seria o esforço do homem na criação de regras implantadoras de uma ordem social, dominadora da anterior ferocidade do animal.

Daí a necessidade do Direito, conceituado como o conjunto de princípios, valores e regras imperativas com o escopo de garantir a convivência social, limitando-se a ação de cada um de seus membros. O Direito, portanto, é concebido como a realização de convivência ordenada.

Todavia, sabe-se que o Direito depende de interpretação para ser vivificado, segundo processos lógicos adequados. Incumbe, pois, ao lidador jurídico extrair o sentido pleno dos textos legais, sob a ótica da sistemática jurídica, dando-lhe significados.

Pois bem, na atualidade, o Supremo Tribunal Federal figura como grande expoente na imprensa falada e escrita em nosso país, por força de várias questões polêmicas submetidas a seu crivo, exempli gratia, recebimento da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (MPF) sobre o “caso mensalão”, liberação das pesquisas com células-tronco embrionárias, interceptações telefônicas, regulamentação do emprego de algemas, vedação ao nepotismo, demarcação da reserva indígena Raposa do Sol, em Roraima, aborto de feto anencéfalo etc.

Não é por outra razão que, nos dias que correm, tanto se fala ou se escreve sobre hermenêutica na seara jurídica (e até não-jurídica), tendo como principal vertente os princípios da proporcionalidade (razoabilidade) e da dignidade da pessoa humana.

Mas em que consiste a cantada e decantada hermenêutica jurídica?

O vocábulo hermenêutica deriva do teônimo grego Hermes, que era uma divindade detentora de inúmeros segredos, considerada capaz de revelá-los.

Diz a mitologia grega que Hermes era inventor de práticas mágicas, que conduzia as almas na luz e nas trevas, que sabia tudo, que esclarecia tudo.

Numa visão teológica, hermenêutica significa a arte de interpretar o verdadeiro sentido dos textos sagrados.

Já no âmbito jurídico, pragmaticamente falando, hermenêutica exprime a idéia de interpretação e compreensão da norma. É o descortínio do sentido e do alcance da norma, procurando a significação dos conceitos jurídicos. É preciso fazer escavações na lei para encontrar o Direito, disse Victor Hugo.

São vários os métodos de interpretação do Direito, desde os clássicos – gramatical, lógica, histórica e teleológica – até os contemporâneos – jurídico, científico-espiritual, tópico-problemático, hermenêutico-concretizador e normativo-estruturante.

A verdade é que o processo de interpretação do Direito é infinito, em que o exegeta funciona apenas e tão-somente como um mediador. É o que Sheakespeare, na sua tragédia Hamlet, disse pela boca de Horácio: há mais coisas entre o céu e a terra do que possa supor nossa vã filosofia.

Não menos verdade é o fato de o Direito ser uma Ciência eminentemente dialética, que, salvo raras exceções, não admite verdade absoluta. É dizer, a polissemia é regra nas normas jurídicas.

Leguleio jurídico à parte, uma coisa é certa: pouca importância tem o método empregado, quando razoável. Fato é que tudo é questão de escolha, já que a liberdade do Judiciário é quase que completa, só estando limitada pela obrigatória fundamentação (art. 93, IX, da CF).

Em outras palavras, o mesmo texto permite inúmeras exegeses: não há nenhuma exegese correta.

Trocando tudo isso em miúdos, sem circunlóquios nem eufemismos, pode-se afirmar que o ponto crítico da hermenêutica é o ponto de vista do exegeta.

Por isso que o ganhador do Prêmio Nobel da Paz (1964), pastor e ativista Martin Luther King, ao visitar um país estrangeiro e ser informado da excelência do Direito ali legislado, respondeu: não quero saber de suas leis; quero saber dos seus intérpretes.

Daí que, convenhamos, em um país como o nosso, carcomido pela corrupção, criminalidade e impunidade, mostram-se inconcebíveis exegeses jurídicas que ao invés de extirparem/amenizarem tais problemas só fazem fomentá-los.

A propósito, faz certo notar que a hermenêutica penal e processual penal, ultimamente, professada por alguns setores do Judiciário, dá azo à conclusão de que a violência, neste país, está naturalizada, banalizada e até mesmo autorizada.

Nesse cenário, apresenta-se como obrigação urgente uma mudança de paradigma. Os membros do Poder Judiciário, intérpretes necessários e permanentes do Direito e servos da população que são, não podem desprezar a hermenêutica sociológica. Por essa rota, o intérprete coloca-se diante da realidade social, nunca perdendo de vista os reflexos de sua decisão no seio da sociedade – fazendo com que o Direito cumpra sua função ordenadora da convivência social. Vale dizer, no fogo cruzado doutrinário e jurisprudencial, deve o magistrado preferir a posição que melhor atenda aos anseios sociais.

Mais incisivamente: dentro das escolhas do exegeta frente à Ciência polissêmica que é a Jurídica, o único método interpretativo razoável é o que decorre da lógica humana, do justo, que tenha ressonância congruente no inconsciente social. É a decisão que convence o Homem da Rua - o homem simples, ingênuo e destituído de conhecimentos jurídicos, mas capaz de distinguir entre o bem e o mal, o sensato do insensato, o justo do injusto, segundo a imagem criada por Piero Calamandrei (l’uomo della strada).

Em desfecho, a palavra de ordem é: deve-se interpretar o Direito com um olho na lei e o outro na realidade.

Por César Danilo Ribeiro de Novais, Promotor de Justiça no Mato Grosso.
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