Nunca pensei que uma caixinha de morango pudesse ensinar tanto a respeito da vida. Mas ela pode dizer muito.
Numa caixinha plástica, envoltos numa proteção transparente, estão expostos para o deleite dos olhos os mais belos e tenros morangos. Em formato de coração, adornado com um vermelho intenso e chamativo, o falso-fruto mostra todo seu esplendor na parte superior da caixinha.
A beleza, tão efêmera, está em sua magnificência e conquista os olhos do consumidor, que encantado, compra o pacotinho para saborear os morangos. Ao abri-lo, uma surpresa. Por debaixo da beleza, há um falso-fruto raquítico, feio, amassado. Pequeno, muitas vezes mofado, seu destino não é tocar os lábios e ser degustado: ele segue para o lixo.
Esse acontecimento segue de norte para uma pequena reflexão.
Resume a idéia da “ética do morango”, ou seja, aquela que vende a beleza, ludibria os olhos e lucra com algo que ninguém compraria.
Nas relações pessoais, há muitos que se utilizam desse artifício. Enganam e sabem lograr com um conjunto de palavras, com sorrisos e maleabilidades corporais o seu próximo. A ética deles é vender uma coisa e fazer outra.
Um comentário:
Do mesmo jeito que seria com os morangos, cabe a nós encontrar maneiras de descobrir quem se aproxima de nós desta forma.
bjs
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