quarta-feira, 2 de maio de 2012
terça-feira, 1 de maio de 2012
CORDEL DO TRABALHADOR
Acorda de madrugada
Faz tão pouco que deitou
Mal dormiu, nem descansou!
A mulher está desmaiada
Nem beijou a filharada
Vai começar mais um dia
Trabalhar sem garantia
Batalhar sem esperança
É assim desde criança
Enfrenta dura porfia.
Pra que serve honestidade
Suor, vergonha na cara?
Se o governo não pára
De premiar a maldade
E tratar com crueldade
Quem vive de trabalhar
Pra família sustentar?
E quando bandido mata
Os seus direitos acata
É preferível roubar!
Foi fruto da ignorância
Não devia ter nascido
Vai morrer sem ter vivido
Analfabeto na infância
Não escapa da ganância
Do bandido de gravata
Que assalta, rouba e mata.
Com a lei sempre ao seu lado
Tem direito, advogado.
Enquanto lixo ele cata!
Se emprego ele consegue
O salário é vergonha
O governo usa a ronha
E sempre o pobre persegue
Por mais que o povo entregue
Renda, imposto, desconto...
Nunca tem dinheiro pronto
Para o mínimo aumentar
A quem pode reclamar?
Só lhe resta marcar ponto
Chega ao trampo cansado
Depois de longa viagem
Com medo da bandidagem
Nem conseguiu vir sentado
Pois o transporte aprovado
Não serve nem pr’animal
Não é transporte, é curral.
Com fome, pois não comeu.
O magro soldo não deu
Às vezes até passa mal
O dia todo malhando
O patrão fica mais rico
Pra ele não sobra um tico
Na sua sorte pensando
Os olhos só marejando
Se ao menos os meninos
Ainda tão pequeninos
Pudessem um dia escapar
Ir pra escola estudar
Dava até pr’agüentar
Mas o diabo da escola
Fica tão longe de casa
A dor no peito arrasa
Só se for pedir esmola
Nem a vitória consola
Do time do coração
O seu querido Mengão
Ou se for Corintiano
Alegria de baiano
Não tira a tristeza não
É preciso dar um jeito
Dar livro para os meninos
Por tênis nos pés tão finos
Pra que eles tenham respeito
Como gente de direito
Arranjar logo uma vaga
Na escola que num paga
E creche para o menor
Só de pensar sente dor
Ó que miséria amarga!
Já chegou o meio dia
Tira a marmita escondido
É só arroz mal cozido
Batata sem melhoria
Pos a pobre da Maria
Não conseguiu melhorar
O dinheiro ia faltar
Pro almoço dos meninos
Aqueles gambitos finos
Que vontade de chorar!
E no rádio ele escuta
A notícia do momento
O grande acontecimento
Banqueiro filho da puta
Com seus colegas desfruta
Mais uma grande isenção
Recebe desta nação
Dos seus assaltos perdão
Por roubar mais de milhão
Não agüenta mais não!
Se não fosse a família
Que tem para sustentar
E os filhos pr’encarar
Procurava a quadrilha
Do crime ia pra trilha
Pois bandido tem direito
É tratado com respeito
Enquanto o trabalhador
Só passa fome e dor
Este país não tem jeito!
JF
Zéferro
segunda-feira, 30 de abril de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
QUANDO A SAÚDE SE TORNA NEGÓCIO $$$
O
Governo encantou-se com o canto interesseiro da sereia mercantilista e partiu
em defesa da venda de medicamentos em supermercados. Estes alegam que os preços
dos remédios cairiam, se comercializassem os produtos. O Conselho Federal de Farmácia discorda
veementemente e adverte: a alegação é uma balela, uma falsa justificativa para enganar
a população. A proposta de comercializar remédio em supermercados, que tem no
ministro da Saúde, Carlos César de Albuquerque, um ardoroso defensor, levaria inevitavelmente
ao consumo errôneo de remédios e ao aumento da automedicação irresponsável, em
um Brasil que já figura no triste ranking de País campeão de consumo de remédios
sem receita médica e de doenças farmacoiatrogênicas (decorrentes do uso
inadequado de medicamentos). Os supermercados, adverte o presidente do Conselho
Federal de Farmácia, Arnaldo Zubioli, querem recuperar lucro perdido com o
Real. E encontraram nos medicamentos a galinha dos ovos de ouro. É lucro certo.
Mas para perseguir esse lucro, os supermercados tratarão a nova "mercadoria"
sob a tônica da lei de mercado. Aí, já se viu. E a saúde da população, como
ficaria? O CFF responde que ficaria de mal a pior e sugere alternativas para
baratear o preço, aumentar a segurança e tornar de fácil acesso à população os
produtos farmacêuticos.
“O fato é que o uso de qualquer
medicamento deve ser orientado pelo farmacêutico, para oferecer o melhor
resultado terapêutico e diminuir os riscos de intoxicação. A venda de
medicamentos, que não são produtos comuns, em supermercados, impossibilita a
orientação correta e estimula a automedicação”, comentou o presidente do CFF,
Walter da Silva Jorge João.
"O
medicamento, se utilizado de forma inadequada, pode causar mais danos do que
benefícios", alerta o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), Dirceu Raposo de Mello, que, no último mês, participou de
audiência pública no Congresso Nacional sobre a Política de Medicamentos
Fracionados. O uso indevido de remédios é considerado um problema de saúde
pública não só no Brasil, mas mundialmente. Dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS) revelam que o percentual de internações hospitalares provocadas por
reações adversas a medicamentos ultrapassa 10%.
De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), só em 2010, os medicamentos foram responsáveis por 38,2% dos casos de intoxicação registrados no país. Os analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios são os mais usados pela população sem o atendimento às recomendações médicas. Por isso, são também os que causam mais intoxicação.
"Quando o paciente recebe atendimento médico ou assistência farmacêutica (orientações do profissional farmacêutico), ele é informado sobre os riscos que o uso irracional (inadequado) de medicamentos pode causar", explica Dirceu Raposo. Consumir medicamentos de forma inadequada ou usá-lo de forma irracional também pode causar dependência, reações alérgicas e mortes, Além disso, a combinação errada de medicamentos diferentes também oferece riscos à saúde, já que um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro. "A automedicação leva ao agravamento da doença, já que a utilização inadequada de medicamentos pode esconder determinados sintomas e fazer com que a doença evolua de forma mais grave", observa o diretor-presidente da Anvisa.
De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), só em 2010, os medicamentos foram responsáveis por 38,2% dos casos de intoxicação registrados no país. Os analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios são os mais usados pela população sem o atendimento às recomendações médicas. Por isso, são também os que causam mais intoxicação.
"Quando o paciente recebe atendimento médico ou assistência farmacêutica (orientações do profissional farmacêutico), ele é informado sobre os riscos que o uso irracional (inadequado) de medicamentos pode causar", explica Dirceu Raposo. Consumir medicamentos de forma inadequada ou usá-lo de forma irracional também pode causar dependência, reações alérgicas e mortes, Além disso, a combinação errada de medicamentos diferentes também oferece riscos à saúde, já que um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro. "A automedicação leva ao agravamento da doença, já que a utilização inadequada de medicamentos pode esconder determinados sintomas e fazer com que a doença evolua de forma mais grave", observa o diretor-presidente da Anvisa.
terça-feira, 24 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
sexta-feira, 13 de abril de 2012
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