quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O PIRATA LULA COM MEDO DE PERDER SEUS TESOUROS


Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje a licitação brasileira para compra de 36 caças para a FAB (Força Aérea Brasileira). Participam da licitação caças americanos (F-18, da Boeing), franceses (Rafale, da Dassault) e suecos (Gripen, da Saab).
Lula disse que o país precisa de caças para proteger riquezas como a Amazônia e o pré-sal dos piratas. “Está cheio de piratas. Hoje eu vi, aí, na televisão, piratas sequestrando navio aí, pelo lado da Somália, daqui a pouco aparece um pirata para pegar o nosso pré-sal. Então, nós temos que nos cuidar”, disse ele em Estocolmo.
“Nós temos que tomar conta do nosso pré-sal, nós temos que tomar conta da nossa Amazônia, nós temos 15 mil quilômetros de fronteiras secas e 8 mil quilômetros de costa marítima”, afirmou ele.
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assistiu mesmo a uma cópia pirata do filme Dois Filhos de Francisco durante viagem presidencial no dia 18 de outubro 2005. A assessoria de imprensa da presidência admitiu ao Terra, na noite desta quarta-feira (9), que “a cópia exibida no trajeto presidencial do dia 18 de outubro era não oficial”, conforme publicaram os principais jornais de São Paulo.
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa do Planalto, ocorreu uma falha da ajudância de ordens, departamento que cuida de pequenos detalhes do gabinete do presidente. “A ajudância de ordens já foi devidamente advertida”, segundo a assessoria. O DVD do filme Dois Filhos de Francisco chega às lojas somente em 7 de dezembro de 2005.
ele admitiu também a diversos portais de conteúdo que já efetuou download de músicas pela internet para presentear o governador da Bahia, Jacques Wagner, do Partido dos Trabalhadores.
Lula pirata ? Tudo certo então, mas só com o tapa-olho para explicar facilmente todas as coisas que ele cisma em não ver…

terça-feira, 6 de outubro de 2009

MILITANTES DO MST - MARVADA PINGA -

O RAIO-X DO MOVIMENTO A SERVIÇO DO TERROR MST



Assertivos do ponto de vista ideológico, os líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra são evasivos quando perguntados de onde vêm os recursos que sustentam as invasões de fazendas e manifestações que o MST promove em todo o Brasil. Em geral, respondem que o dinheiro é proveniente de doações de simpatizantes, da colaboração voluntária dos camponeses e da ajuda de organismos humanitários. Mentira. O cofre da organização começa a ser aberto e, dentro dele, já foram encontradas as primeiras provas concretas daquilo de que sempre se desconfiou e que sempre foi negado: o MST é movido por dinheiro, muito dinheiro, captado basicamente nos cofres públicos e junto a entidades internacionais. Em outras palavras, ao ocupar um ministério, invadir uma fazenda, patrocinar um confronto com a polícia, o MST o faz com dinheiro de impostos pagos pelos brasileiros e com o auxílio de estrangeiros que não deveriam imiscuir-se em assuntos do país.
VEJA teve acesso às informações bancárias de quatro organizações não governamentais (ONGs) apontadas como as principais caixas-fortes do MST. A análise dos dados financeiros da Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca), da Confederação das Coo-perativas de Reforma Agrária do Brasil (Concrab), do Centro de Formação e Pesquisas Contestado (Cepatec) e do Instituto Técnico de Estudos Agrários e Cooperativismo (Itac) revela que o MST montou, controla e tem a seu dispor uma gigantesca e intrincada rede de abastecimento e distribuição de recursos, públicos e privados, que transitam por dezenas de ONGs espalhadas pelo Brasil:
• As quatro entidades-cofre receberam 20 milhões de reais em doações do exterior entre 2003 e 2007. A contabilização desses recursos não foi devidamente informada à Receita Federal.
• As quatro entidades-cofre repassaram uma parte considerável do dinheiro a empresas de transporte, gráficas e editoras vinculadas a partidos políticos e ao MST. Há coincidências entre as datas de transferência do dinheiro ao Brasil e as campanhas eleitorais de 2004 e 2006.
• As quatro entidades-cofre receberam 43 milhões de reais em convênios com o governo federal de 2003 a 2007. Existe uma grande concentração de gastos às vésperas de manifestações estridentes do MST.
• As quatro entidades-cofre promovem uma recorrente interação financeira com associações e cooperativas de trabalhadores cujos dirigentes são ligados ao MST.
• As quatro entidades-cofre registram movimentações ban-cárias estranhas, com vul-tosos saques na boca do caixa, indício de tentativa de ocultar desvios de dinheiro.
Entre 2003 e 2008, segundo levantamentos oficiais, cerca de trinta entidades de trabalhadores rurais receberam do governo federal o equivalente a 145 milhões de reais. O dinheiro é repassado em forma de convênios, normalmente para cursos de treinamento. O Tribunal de Contas da União já identificou irregularidades em vários desses cursos. São desvios como cadastros de pessoas que não participaram de aula alguma e despesas que não existiram justificadas com notas frias. A Anca, por exemplo, teve os bens bloqueados pela Justiça após a constatação de que uma parte dos recursos de um convênio milionário assinado com o Ministério da Educação, para alfabetizar jovens, foi parar nos cofres do MST. Teoricamente, a Anca, a Concrab, o Cepatec e o Itac são organizações independentes, sem nenhum vínculo oficial entre si ou com o MST. Mas só teoricamente. A quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico das entidades-cofre mostra que elas fazem parte de um mesmo corpo, são uma coisa só, bem organizada e estruturada para dificultar o rastreamento do dinheiro que recebem e administram sem controle legal algum.

TORNEIRA ABERTA
Milhões de reais do governo Lula serenaram durante seis anos a fúria do MST

Eis um exemplo da teia que precisa ser vencida para tentar entender como os recursos deixam o cofre da entidade e viajam por caminhos indiretos ao MST. Uma das beneficiárias de repasses da Anca é a gráfica Expressão Popular. Seus sócios são todos ligados ao MST, como Suzana Angélica Paim Figueiredo, advogada do escritório do ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, que atua em causas de interesse do MST. Suzana faz parte da banca que defende o terrorista italiano Cesare Battisti, preso no Brasil. A advogada ainda é presidente de uma segunda editora, a Brasil de Fato, que também recebe recursos da Anca, também presta serviços ao MST e tem como conselheiro ninguém menos que João Pedro Stedile, líder-mor do MST, um dos principais defensores da não extradição de Battisti. Anca, Brasil de Fato e MST, embora sem vínculos aparentes, funcionavam no mesmo conjunto de salas em São Paulo. Procurada, a advogada Suzana não quis esclarecer que tipo de serviço as gráficas prestaram à Anca. Indagadas, o máximo que as três entidades admitem é que existe uma parceria entre elas. Essa parceria, ao que tudo indica, serve inclusive para ocultar as atividades do departamento financeiro do movimento sem-terra.
Além de funcionarem nos mesmos endereços, como é o caso da Itac e da Concrab, e de dividirem os mesmos assessores e telefones, como a Anca e a gráfica, as entidades curiosamente recorrem aos mesmos contadores e advogados – eles também, ressalte-se, integrantes de cooperativas ligadas ao MST. A análise dos dados sigilosos revela que Ilton Vieira Flores, o contador da Anca, o cofre principal do MST, é um dos responsáveis pelo Cepatec, outra fonte de arrecadação de dinheiro do movimento. O contador também é diretor da Cooperbio – um excelente exemplo, aliás, de como as ONGs ligadas ao MST se entranharam no governo. A cooperativa, que tem como função intermediar recursos para associações de trabalhadores rurais que se dedicam à fabricação de matéria-prima para a produção de biocombustíveis, assinou convênios milionários com a Petrobras. O presidente da Cooperbio, Romário Rossetto, é primo do presidente da Petrobras Biocombustível, o petista Miguel Rossetto, ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, uma das principais fontes de recursos da Anca, do Cepatec, da Concrab e do Itac. 

TORNEIRA FECHADA
O ministro Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário (no alto, à esq.), cortou verbas para convênios. Resultado: o MST, comandado por Marina dos Santos, ameaça retaliar

Há muito que desvendar a respeito do verdadeiro uso pelo MST do dinheiro público e das verbas provenientes do exterior. A Anca, por exemplo, é investigada desde 2005 por suas ligações com o movimento. A quebra do sigilo mostra que funcionários da entidade realizaram saques milionários em dinheiro em datas que coincidem com manifestações promovidas pelo MST e também com períodos eleitorais. Outra coincidência: tabulando os gastos das entidades, resta evidente que parte expressiva dos recursos é destinada a pessoas físicas ou jurídicas vinculadas ao MST. Há também transferências bancárias suspeitíssimas. Em agosto de 2007, 153 000 reais do Cepatec foram parar na conta de Márcia Carvalho Sales, uma vendedora de cosméticos residente na periferia de Brasília. "Não sei do que se trata, não sei o que é Cepatec e não movimento a conta no banco há mais de três anos", diz a comerciária. O Cepatec também não quis se pronunciar.
Para fugir a responsabilidades legais, o MST, embora seja onipresente, não existe juridicamente. Não tem cadastro na Receita Federal, e, portanto, não pode receber verbas oficiais. "Por isso, eles usam essas entidades como fachada", diz o senador Alvaro Dias, do PSDB do Paraná, que presidiu a CPI da Terra há quatro anos e, apesar de quebrar o sigilo das ONGs suspeitas, nunca conseguiu ter acesso aos dados bancários. Aliados históricos do PT, os sem-terra encontraram no governo Lula uma fonte inesgotável de recursos para subsidiar suas atividades. Uma parcela grande dos convênios com as entidades ligadas ao MST destina-se, no papel, à qualificação de mão de obra. Mas é quase impossível averiguar se esse é mesmo o fim da dinheirama. "Hoje o MST só sobrevive para parasitar o estado e conseguir meios para se sustentar", diz o historiador Marco Antonio Villa.
O MST sempre utilizou o enfrentamento como peça de marketing do movimento. No governo passado, os sem-terra chegaram a organizar uma marcha que reuniu 100 000 pessoas em um protesto em Brasília, além de invadirem a fazenda do presidente da República com direito a transmissão televisiva. No governo Lula, a relação começou tensa, mas foi se acalmando à medida que aumentavam os repasses de dinheiro e pessoas ligadas ao movimento eram nomeadas para chefiar os escritórios regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O MST passou, então, a concentrar os ataques à iniciativa privada, especialmente ao agronegócio. Os escritórios do Incra se tornaram suporte para ações contra produtores rurais, muitos deles personagens influentes na base aliada do governo. Além disso, os assentamentos contribuíram para aumentar a taxa de desmatamento e as ONGs ligadas à reforma agrária se tornaram um ralo pelo qual o dinheiro público é desviado. Esse estado de coisas levou à instalação de uma CPI no Senado e, ato contínuo, a um recuo do Planalto nos afagos aos sem-terra. A pretexto da crise econômica mundial, o governo cortou mais de 40% da verba prevista para os programas de reforma agrária. Cedendo à pressão de ruralistas, tirou das mãos do MST o comando de escritórios estratégicos do Incra, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pernambuco, e colocou no lugar pessoas indicadas por ruralistas. Por fim, o golpe mais dolorido: fechou a milionária torneira dos convênios.
As ONGs ligadas ao MST chegaram a receber quase 40 milhões de reais em um único ano. No início do governo Lula, em 2003, esses repasses não alcançavam 15 milhões de reais. No ano seguinte, cresceram substancialmente, ultrapassando os 23 milhões de reais. Em 2005, o valor aumentou novamente, atingindo 38 milhões de reais. No segundo mandato, as denúncias de irregularidades envolvendo entidades ligadas aos sem-terra ganharam força. E o dinheiro federal para elas foi minguando. Em 2007, ano de abertura da CPI, os repasses às ONGs ficaram em 28 milhões de reais. No ano passado, as entidades receberam 13 milhões. E, nos oito primeiros meses deste ano, os cofres das ONGs do MST acolheram menos de 7 milhões de reais em convênios com o governo federal. Como reação, a trégua com o governo também minguou. No início de agosto, 3 000 militantes invadiram a sede do Ministério da Fazenda. A ação em Brasília foi comandada pela nova coordenadora nacional do MST, Marina dos Santos, vinculada a setores mais radicais do movimento. No protesto, o MST exigiu o assentamento imediato de famílias que estão acampadas. Nos bastidores, negocia a retomada dos repasses para as ONGs e a recuperação do comando das unidades do Incra. Em conversas reservadas, existem até ameaças de criar problemas para a candidatura presidencial da ministra Dilma Rousseff. O governo Lula agora experimenta o gosto da chantagem de uma organização bandida que cresceu sob seus auspícios. 

Com reportagem de Otávio Cabral
Fonte: Revista Veja

SITE DA EMPRESA INVADIDA PELO MST http://www.cutrale.com.br/cutraleHome/


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O MILAGRE DO LULA UMA OLIMPÍADA EM PAÍS NA 75* POSIÇÃO DO IDH

Estudo divulgado nesta segunda-feira, 5, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) revela que o Brasil perdeu cinco posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Para o coordenador do relatório brasileiro, Flavio Comim, a expectativa de vida no Brasil é a principal responsável pela lentidão na melhora nos índices no País.
- Nas três dimensões do IDH, a área da saúde é a dimensão mais baixa que o Brasil tem. A expectativa de vida (72,2 anos) é 10 anos inferior à expectativa japonesa, por exemplo. Então a gente tem oito anos, pelo menos, que são um caminho a percorrer para sairmos dessa posição para uma melhor.
Flavio Comim é pós-doutor em Economia pela Universidade de Cambridge e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Para ele, o grande problema é a velocidade do desenvolvimento humano no Brasil: "o país tem caminhado para frente, mas devagar".
- Há problemas sérios de mães, com nível de educação muito baixo, que tem alta taxa de mortalidade infantil. Então uma maneira de melhorar a saúde é melhorar a educação. Eu cito apenas um dado: a taxa de mortalidade infantil pras mães que não tem educação é de 119/1000 que é maior que algumas taxas africanas.
O economista também destaca que, nominalmente, o País caiu cinco posições no ranking, indo para a 75ª posição. A "perda" se deve a inclusão de três novos países no relatório e na revisão de dados, que, estatisticamente, beneficiou países como a Rússia, por exemplo.
Ainda que as estatísticas apontem uma piora na posição do IDH do Brasil, Comim afirma que, na prática, a posição do Brasil permanece inalterada.






 


domingo, 4 de outubro de 2009

MENSALÃO O MAIOR PESADELO PETISTA

“Manifesto de Indignação de um ex-petista” - 02/08/2005
Vendo e ouvindo as declarações do Sr. Marcos Valério, do Delúbio, do novo ministro Luiz Marinho, do Sr. Silvio Pereira e do Presidente Lula, sinto-me como se fosse um “palhaço” e verdadeiramente um “idiota”. Como servidor público e, antes de tudo, cidadão, o que vi e ouvi é uma afronta a quem possui um razoável conhecimento de vida e sentimento de cidadania.

Primeiro, porque parece que essas pessoas combinaram as falas. Assumiram os erros, mas querem nos fazer crer que são apenas “errinhos”, perfeitamente justificáveis. O discurso é sempre o mesmo: “Todos os partidos agem assim”. “O “caixa 2” nos partidos políticos é institucional”. “Não há nada demais em repassar 30 milhões de reais aos partidários do PT”. “O país não pode parar”. “É preciso dar condição de governabilidade”. Passam a idéia que amealhar patrimônio totalmente incompatível como a remuneração é coisa normal. Só se for para essa “casta” de brasileiros. Porque para o restante dos brasileiros honestos, essas atitudes são motivos de “vergonha” e fonte de suspeita para o “Leão”, sempre ávido dos sinais exteriores de riqueza.

Segundo, porque pensam que os cidadãos brasileiros são ignorantes ou ingênuos a ponto de acreditar na possibilidade de alguém “dar 30 milhões de reais” a outra pessoa física, de forma benevolente. Digo “dar” porque não há quem faça um contrato de empréstimo de valor tão absurdamente elevado sem qualquer garantia real como contrapartida, exceto se houver compromisso de ganhar algo em troca, e claro, de valor superior ao que foi doado.

Ora, se o Sr. Delúbio não possui bens suficientes para honrar o “empréstimo”, nem o PT deu garantias, de onde viria, então, o pagamento do malfadado “empréstimo”? Parece óbvio que a contrapartida seriam os contratos milionários e superfaturados celebrados entre órgãos do governo com as empresas de publicidade do Sr. Marcos Valério, cujo pagamento recebido seria repassado novamente aos apadrinhados do próprio PT e aos políticos de diversos partidos aliados. Tudo de forma escusa e ilícita, naturalmente.

Como pôde o ex-PT de meus sonhos descer tanto? Como qualquer cidadão, fico imaginando o trato feito entre Marcos Valério e Delúbio. Poderia ser assim: “Olha, Delúbio, eu dou o dinheiro, sim, para quem você ou o PT indicar, mas somente para sacar na boca do caixa e desde que haja um compromisso do PT em honrar essa doação mediante contrato de publicidade do governo com minhas empresas, OK”? Ainda assim, essa relação de confiança promíscua entre o PT (e talvez outros partidos políticos) com o Sr. Marcos Valério deve vir de longa data e de várias formas. Isso porque a quantia é extremamente vultosa. Há de ter a segurança do retorno. Ora, se o contrato era somente de “gaveta”, como disseram os dois (Valério e Delúbio), qual a garantia que o Marcos Valério e suas empresas teriam, se o Delúbio não representasse “de fato” o próprio PT e o governo?

Terceiro, como acreditar que os principais líderes do PT não tinham conhecimento do “contrato de gaveta” se quem “pagaria a conta” seria o próprio governo, diretamente ou mediante seus órgãos e estatais? Como acreditar que o próprio presidente não sabia se, desde que o José Dirceu foi presidente do PT, o objetivo maior do partido era alcançar a Presidência da República e tudo foi feito para colocar Lula-lá? Com tristeza, percebo hoje, pretendia-se também, na surdina, locupletarem-se à custa do dinheiro público.

Quarto, como acreditar que o governo é distinto do PT, se o presidente e seus principais ministros eram dirigentes máximos desse partido, até a eleição de Lula? Como acreditar nessa desvinculação, se a nova cúpula do PT estava até outro dia como ministros do governo? Por fim, resisto a me sentir como um “palhaço”. Sou apenas um brasileiro, como milhões, que assistem estarrecidos e indignados ao jogo degradante e sujo dos políticos brasileiros. E pior, “ex-eleitor” do PT, a quem depositei as últimas esperanças de eleger pessoas de um partido político sério, sem fisiologismos e livres de corrupção.

O PT extrapolou no exercício do poder, demonstrando que os dirigentes estavam despreparados para exercê-lo, esquecendo-se que ocupam cargos políticos por indicação do povo, verdadeiros donos do poder. Meus “ex-políticos” petistas estão fazendo pior, muito pior do que os “Colloridos”. Por muito menos, o grupo de Collor foi derrubado e suspenso os direitos políticos do ex-presidente. Torna-se inacreditável como alguns políticos do PT procuram justificar seus erros. Aliás, não são erros. São crimes, eleitorais e penais. Alguns justificam pelo lugar comum da institucionalização da corrupção, como se os erros praticados por outros justificassem aqueles praticados pelo PT. Se assim é, nossos partidos políticos não merecem crédito. Outros justificam e choram a vida “dura” que tiveram no período da ditadura, como se o país estivesse em débito para com eles e o enriquecimento ilícito praticado à custa dos cofres públicos fosse uma espécie de compensação devida pelo Estado.

Equivocam-se os políticos do PT num caso e outro. O “ex-PT” de meus sonhos, que virou o PT do Planalto chafurda em sua própria ambição desmedida. O PT assumiu a velha máxima de Maquiavel “o fim justifica os meios”. E o fim era o poder, apenas o poder. Simplesmente o poder. Nesse momento, o que fazem os membros do Congresso Nacional, legítimos representantes do povo? Os senhores deputados e senadores do Congresso Nacional devem ter a coragem de prestar explicações à sociedade, ainda que tenham de assumir seus próprios erros e não se escudarem apenas na CPI.

Percebe-se um grande silêncio no restante dos membros do Poder Legislativo. Esquecem-se, nossos líderes, do grande alcance do mau exemplo dado. Na prática, se prevalecer a impunidade, fica implícita a idéia de que “roubar e ser corrupto” vale a pena. Está em jogo a auto-estima dos brasileiros, a questão da obediência civil e a corrupção na vida pública. Está em jogo, também, a credibilidade dos políticos. O fim disso tudo pode ser a convicção na população de que não vale a pena existir democracia representativa num país subdesenvolvido, submisso ao neoliberalismo e com instituições fracas.

Pior ainda é não haver alternativas. A sociedade não pode aceitar tamanho lamaçal nem ficar à mercê de eventual convocação da mídia dominante para manifestar seu protesto. O momento é de perplexidade e decepção. Urge que se fiscalizem os atos da CPI e não se admitam conchavos com o fim de proteger políticos de um ou outro partido. Necessário que se publique a lista dos políticos favorecidos. O povo precisa saber em quem pode confiar. Se for caso de “impeachment” de Presidente e Governadores, que seja feito e com responsabilização penal. Aliás, melhor para o Presidente Lula seria renunciar a seu cargo. Seria uma demonstração de lealdade e honestidade para quem o elegeu, como símbolo da última esperança. É verdade, Presidente, o povo brasileiro, sofredor e ingênuo, mas de boa índole, não merece isso.
 

http://www.affemg.com.br/aff_det_artigos.asp?cod_artigo=19 

METALÚRGICO[OTIMISTA]PRESIDENTE

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