Estudo divulgado nesta segunda-feira, 5, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) revela que o Brasil perdeu cinco posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Para o coordenador do relatório brasileiro, Flavio Comim, a expectativa de vida no Brasil é a principal responsável pela lentidão na melhora nos índices no País.
- Nas três dimensões do IDH, a área da saúde é a dimensão mais baixa que o Brasil tem. A expectativa de vida (72,2 anos) é 10 anos inferior à expectativa japonesa, por exemplo. Então a gente tem oito anos, pelo menos, que são um caminho a percorrer para sairmos dessa posição para uma melhor.
Flavio Comim é pós-doutor em Economia pela Universidade de Cambridge e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Para ele, o grande problema é a velocidade do desenvolvimento humano no Brasil: "o país tem caminhado para frente, mas devagar".
- Há problemas sérios de mães, com nível de educação muito baixo, que tem alta taxa de mortalidade infantil. Então uma maneira de melhorar a saúde é melhorar a educação. Eu cito apenas um dado: a taxa de mortalidade infantil pras mães que não tem educação é de 119/1000 que é maior que algumas taxas africanas.
O economista também destaca que, nominalmente, o País caiu cinco posições no ranking, indo para a 75ª posição. A "perda" se deve a inclusão de três novos países no relatório e na revisão de dados, que, estatisticamente, beneficiou países como a Rússia, por exemplo.
Ainda que as estatísticas apontem uma piora na posição do IDH do Brasil, Comim afirma que, na prática, a posição do Brasil permanece inalterada.
Um comentário:
Até ai a China está atás do Brasil e sediou as Olimpíadas ano passado. Uma coisa não tem nada a ver com outra...
Postar um comentário