terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

BANHO DE SANGUE NA SÍRIA



O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, pediu neste domingo que o presidente Bashar al Assad interrompa, "imediatamente, o banho de sangue" na Síria.

"O presidente Assad, como líder da Síria, tem a mais importante responsabilidade de resolver essa situação, se engajando em um diálogo político. Em primeiro lugar, e sobretudo, ele deve parar, imediatamente, o banho de sangue", disse.

Segundo ativistas sírios, pelo menos 45 pessoas morreram só neste domingo no país, em confrontos nos arredores de Damasco e Homs. Mais de 5 mil pessoas já morreram na repressão, segundo a ONU.

Ban fez as declarações em Adis Adeba, na Etiópia, onde participou da inauguração da sede da União Africana.
As declarações ocorrem um dia após a Liga Árabe anunciar a suspensão de sua missão de observadores no país, por causa da escalada da violência.

Segundo Ban, Assad deveria tomar uma "ação decisiva para o fim da violência" antes mesmo da missão chegar ao país, em dezembro do ano passado.
O secretário-geral da Liga, o general Nabil el-Arabi, justificou a decisão dizendo que 'a deterioração crítica da situação na Síria e o contínuo uso da violência' determinaram o fim imediato da missão.

A missão da Liga Árabe chegou à Síria em dezembro e levou à elaboração de um plano de ação, que pede a renúncia do presidente Bashar al-Assad e a formação de um governo de unidade nacional com participação da atual oposição.

Violência
Ativistas contrários a Assad afirmam que tanques estão disparando contra áreas controladas por rebeldes no leste e no norte do país neste domingo.

De acordo com os opositores, dois mil soldados e 50 tanques atacaram na manhã de domingo subúrbios ao leste da capital, Damasco, a cinco quilômetros do centro da cidade.
Os rebeldes do movimento intitulado Exército de Libertação da Síria tomaram alguns dos subúrbios ao redor de Damasco, como Kfar Batna, Saqba, Jisreen e Arbeen. A ação das tropas do governo neste domingo seria uma resposta aos rebeldes.

Rami Abdul Rahman, diretor da entidade Observatório Sírio para os Direitos Humanos, baseada em Londres, afirma que os combates deste domingo são os mais intensos registrados próximo à capital desde o começo do movimento de insurgência, no ano passado.

Há dificuldades para a imprensa internacional de verificar os relatos dos manifestantes, já que o acesso ao país está restrito.

FONTE: BBC

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