"O
bom prefeito é
aquele que está
a serviço
do município,
conhece as necessidades de cada comunidade e resolve seus problemas. Não
só
administra com dedicação e seriedade, mas também
presta contas de seu trabalho".
Em
artigo recente no Le Monde Diplomatique Brasil, Elói
Pietá,
prefeito de Guarulhos (SP) e vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos,
comenta de forma objetiva o que esperar de um bom prefeito.
Em
primeiro lugar, diz ele, espera-se fidelidade ao seu povo, expressa no
cumprimento do programa de governo. Em segundo lugar, capacidade
administrativa, liderança política, bom conhecimento dos assuntos da cidade,
equilíbrio
no enfrentamento de crises, postura de diálogo aliada à capacidade de decisão no tempo oportuno, paciência
e disponibilidade para ouvir a população e os vereadores, tolerância
quanto à
diversidade de estilo das pessoas com quem trabalha, disponibilidade para ter
presença
contínua
no município,
hábito
de trabalhar com planejamento e em equipe e coragem de dizer não.
Em
terceiro lugar, o bom prefeito deve ter as qualidades necessárias
para uma vida política sadia e honesta, com transparência
nas atividades públicas, separação completa entre os recursos públicos
e os interesses da família, dos amigos, de empresas e do partido. Por fim,
pede-se a um bom prefeito que seja competente na arrecadação
de recursos para dar conta das demandas populares.
O
poder municipal é o que está mais próximo do contato direto com a população
e o primeiro a ser questionado. Para muitos cidadãos, o prefeito é
mais importante do que o presidente da República, pois é quem pode resolver o seu problema imediato.
Promessas utópicas
ou demagogas serão cobradas, mais tarde.
A
democracia consagra os vencedores nas urnas. Embora seja o ápice
do processo, aos olhos dos eleitores, não é esse o único momento importante. Os eleitores não
escolhem nem interferem diretamente nos nomes que serão
colocados na disputa. O amadurecimento político que tantos desejam pressupõe
também
a responsabilidade e a inteligência dos partidos na formação
e indicação de seus candidatos, sem o que as expectativas
populares podem se frustrar. Se isso ocorrer, que não
seja, ao menos, por falta de boas opções.
Nenhum comentário:
Postar um comentário