
Segundo o Gabinete as tais fitas de segurança valem somente por trinta dias, após esse período são apagadas pelas imagens recentes, o que exclui a possibilidade de existirem. Não existem registros de entrada de veículos que entram na garagem do Palácio do Planalto, pois, reconhecidos, suas placas simplesmente não são anotadas, deve ser para economizar papel e caneta. Ainda de acordo com o simplório Gabinete de Segurança Institucional não se registram as autoridades que entram pela garagem, certamente fazem parte da classe de “pessoas incomuns” identificadas pelo presidente Lula, O Ignorante. As pessoas agendadas são identificadas e credenciadas, porém, dispensa-se seu registro em qualquer parte. Para as pessoas não agendadas o procedimento é semelhante ao do porteiro de edifício de prédio residencial: são identificados, comunica-se com o gabinete do fulano que autoriza ou não, credencia-se e permite-se seu ingresso sem que nenhum registro seja feito. Mas afirma ser um procedimento normal efetuar-se o registro de pessoas que acompanham os convidados exatamente porque não participam diretamente das audiências e normalmente não tem nada a ver com o peixe. Tal desorganização, displicência e avacalhação é atestada em nota pelo próprio Gabinete ou, por outro lado, chama para si a responsabilidade de ser ineficiente e, assim, incapaz de haver produzido qualquer prova da realização do encontro entre as duas senhoras, onde supostamente uma prevaricou e a outra, com certeza, se omitiu até onde lhe foi conveniente. Podemos também especular sobre a real possibilidade do principal ocupante daquele edifício, por motivos óbvios, ordenar a blindagem à sua queridinha ministra.

Ainda acredito que uma acareação possa elucidar o episódio, caso não seja a parte que aceitou o cara-a-cara convertida pelos “convincentes” argumentos evangelizadores que o Palácio do Planalto dispõe para os céticos mais renitentes. Seria de extrema serventia para a sociedade saber, definitivamente, que um pré-postulante à presidência da República mente descaradamente todas as vezes que lhe convém. Quando afirma não ter participado da luta armada, que não foi terrorista como explica sua função de escolher o tipo de armamento a ser utilizado nas ações e onde poderiam ser roubados? E o caso do dossiê sobre os gastos pessoais do ex-presidente FHC e D. Ruth que, acuada, disse tratar-se de um “banco de dados”? A adição em seu currículo de mestrado e doutorado inexistentes, segundo a Unicamp? Agora nega categoricamente o encontro e a encantadora solicitação para “agilizar” as investigações sobre o filho do presidente do Senado Federal José Sarney (PMDB-MA). Ministra, não se iluda com o chavão de que uma mentira contada repetidas vezes se transforma numa verdade, caso tenham lhe dito isso estavam lhe sacaneando feio. É preciso esclarecê-la que os votos do presidente mostraram-se, nas eleições passadas, intransferíveis, não elegem postes. O que não quer dizer necessariamente que, no futuro, aqueles votos não possam iluminá-la considerando que as tramóias sucessórias estão apenas começando.
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