segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

SUS DE SANTA MARIA/RS NÃO TIRA AGULHAS DE PACIENTE


FLORIANÓPOLIS - A mulher que tem 12 agulhas pelo corpo no Sul do país, Laureani Sanos Soares, de 42 anos, sentiu fortes dores nesta madrugada e voltou a ser internada no Hospital Universitário de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. A mulher recebeu doses de morfina. Ela ficou em observação por 24 horas e foi liberada na tarde de sexta.

De acordo com familiares, ela já está há mais de dois anos com os objetos metálicos alojados nas regiões abdominal, cervical e na altura do pescoço.

Apesar disso, o diretor clínico do hospital, Sérgio Nunes Pereira, reafirma que uma cirurgia para retirar as agulhas está descartada por enquanto. Ele acredita que a paciente pode estar interessada na repercussão nacional que o caso ganhou.

Laureani residia em Santa Catarina e disse ter sido submetida a um ritual de magia negra pelo ex-companheiro, de 58 anos . Ela acabou fugindo para a casa da irmã, em Santa Maria, para se esconder do agressor.

A mulher afirma que não percebia a introdução das agulhas porque o marido teria misturado sonífero a outros medicamentos para que ela dormisse.

O homem responde a processo na Justiça catarinense em função disso. A descoberta dos objetos ocorreu após um exame de Raios X.


A vítima conheceu o suspeito há cerca de quatro anos, na cidade catarinense de Meleiro. Após um período de namoro, eles foram morar juntos. Ela diz ter começado a notar comportamentos estranhos do então companheiro, que se dizia praticante de magia negra. Entretanto, ela nunca desconfiou que pudesse se tornar uma vítima.


A descoberta de que tinha agulhas no corpo veio por acaso, no início de 2007, depois de dois anos de convivência com o suspeito. Na época, a mulher foi submetida a exames pré-operatórios para uma cirurgia na coluna, realizada em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, sua cidade natal. Ao fazer uma radiografia, os médicos constataram o problema.

Após a operação, ela voltou para Meleiro. Segundo a vítima, ao ser perguntado se teria colocado os objetos dentro dela, o ex-companheiro teria confessado.

- Ele disse que queria me ver aleijada, em uma cadeira de rodas, para ficar dependente dele. As agulhas fariam parte de um ritual de magia negra. Ele contou que me dopava com "Boa Noite Cinderela" (uma espécie de droga), que colocava no suco que eu tomava à noite - conta ela.

O casal ainda conviveu por um tempo. O homem, no entanto, teria ficado agressivo e começado a bater na vítima constantemente, com socos e tapas. A mulher procurou a Polícia Civil de Meleiro e registrou ocorrências contra o companheiro.

Na metade daquele ano, a mulher deixou a casa onde vivia. Com a ajuda da mãe e de uma irmã, ela foi para a casa de uma amiga em Araranguá, também no Sul de Santa Catarina. No começo de 2008, voltou para a casa da família, em Santa Maria.


A mulher convive com o problema há mais de dois anos. No último domingo, dores fortes no abdômen a fizeram procurar o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Ela passou a noite no hospital e foi liberada na segunda-feira pela manhã.


Ela teme que as agulhas se movam e atinjam algum órgão vital.
- Sinto dor 24 horas por dia. Não consigo respirar nem dormir e estou à base de morfina. Eu quero fazer a cirurgia e tirar essas agulhas - afirma ela.

Segundo o diretor-clínico do hospital, Sérgio Nunes Pereira, os exames mostram que não há necessidade de cirurgia. A operação seria eletiva (não-urgente). Pereira diz que os objetos aparentemente não têm relação com a dor sentida pela mulher:

- As radiografias mostram que as agulhas estão logo abaixo da pele, entre o músculo. O procedimento de remoção seria simples. Mas o médico que for fazer a cirurgia tem de avaliar a posição de cada uma das agulhas. 

ISSO É MAIS UM ABSURDO !

MAS UM CONTO DE TERROR NA SAÚDE PÚBLICA DO BRASIL !

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