"Esses serviços terríveis, os serviços de informações norte-americanos e os serviços seus afiliados, não vão poupar esforços para me encontrarem, como insurgente revolucionário, na tentativa de me matarem", disse Al-Zaidi numa conferência de imprensa na televisão onde trabalha.
"E, aqui, quero avisar todos os meus familiares e pessoas próximas de que estes serviços vão recorrer a todos os meios para me apanharem e tentarem liquidar-me, física, social ou profissionalmente", acrescentou.
O acto de protesto do jornalista, de 30 anos, embaraçou profundamente o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, que estava ao lado de Bush na conferência de imprensa de 14 de Dezembro de 2008 quando Al-Zaidi lançou os sapatos contra o Presidente dos Estados Unidos.
Bush, que fazia a sua última visita ao Iraque enquanto Presidente norte-americano, saiu ileso do incidente mas foi obrigado a baixar-se duas vezes para se desviar dos sapatos. Al-Zaidi foi imediatamente agarrado e imobilizado por outros jornalistas e pela segurança iraquiana.
O jornalista afirmou hoje que foi vítima de abusos imediatamente a seguir à detenção e no dia seguinte e exigiu um pedido de desculpas do primeiro-ministro iraquiano.
"De manhã, fui deixado ao frio depois de me terem molhado com água", disse.
Al-Zaidi prometeu revelar os nomes dos responsáveis governamentais e do exército que estiveram envolvidos nos maus-tratos que lhe foram infligidos.
O jornalista justificou o seu acto como um protesto pela ocupação do seu país pelos Estados Unidos e sublinhou que, enquanto ele está agora livre, o país continua "cativo".
"Dito simplesmente, o que me levou à confrontação foi a opressão que caiu sobre o meu povo e como a ocupação quis humilhar a minha pátria colocando-a sob as suas botas", disse.
"Graças a ALLÃH Muntazer pôde ver a luz do dia", disse o irmão Uday. "Eu queria que Bush pudesse ver nossa felicidade. Quando o presidente Bush olhar para trás e virar as páginas da sua vida, ele verá os sapatos de Muntazer al Zaidi em todas as páginas."
O ataque foi celebrado por muita gente não só no Iraque, mas até mesmo nos EUA.
Na Venezuela, o presidente Hugo Chávez o chamou de corajoso. Na Líbia, um grupo comandado por uma filha do dirigente Muammar Khadaffi concedeu um prêmio ao jornalista. Em vários países árabes, homens ofereceram suas filhas em casamento a Zaidi.
Na casa da família, parentes e admiradores o esperavam com aplausos e gritos. "Eu me sinto orgulho, porque Zaidi vive no meu bairro. Gosto de contar isso às pessoas", disse Arkan al Fartousi, 25, que levava um galão de suco que servia a simpatizantes sedentos. "Estou muito feliz por ele ter saído da cadeia."
FOI ESSE ATO QUE DEU ORIGEM AO BLOG CADA POST É UMA FORMA DE SAPATADA
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